Bom dia, minhas lindas.
Bom... pra quem ainda não sabe, além de amante do artesanato, a minha profissão é ligada à Engenharia e Arquitetura. Sou desenhista de projetos arquitetônicos, hidráulicos, estruturais... enfim, sou chamada nesse meio de "cadista".
Sou fascinada por obras bonitas e diferentes e hoje encontrei essa matéria que me deixou admirada. Será que um dia nossos filhos e netos morarão em um lugar assim?
Sinceramente? Com todo o respeito ao arquiteto Vincent Callebaut, eu espero que isso não seja necessário. Espero que o mundo perceba os males que está fazendo contra a natureza e consiga recuperar o estrago que cometeu!
Mas vale dar uma olhadinha nessa matéria.
E você, moraria em uma cidade dessas?
Lilypad, a cidade flutuante
As alterações climáticas deste século e a consequente previsão da subida do nível do mar irão provocar milhares de desalojados. No entanto, o arquitecto belga Vincent Callebaut diz ter encontrado a solução para contornar este problema: uma cidade flutuante. Auto-suficiente e ecológica, Lilypad combina uma rede de infra-estruturas semelhante à vida terrestre, recriando espaços urbanos em plena sintonia com o oceano.
Todos os anos, milhares de pessoas em todo o Mundo são afectados pelo clima, ficando desalojadas depois de perderem as suas casas. Os habitantes das zonas costeiras são as maiores vitimas em épocas de tempestades ou cheias. Segundo a ONU, o nível do mar deverá subir cerca de um metro durante o século XXI. Isto fará com que, em 2100, o número de refugiados aumente devido às inundações. Países como os Estados Unidos, China, Egipto, Vietname ou Bahamas verão várias das suas cidades desaparecer.
O arquitecto belga Vincent Callebaut apresentou um projecto que diz ser a solução para realojar estes habitantes: uma cidade flutuante. Esta funcionaria de forma semelhante à vida nas cidades terrestres, mas sobre o oceano – e sendo auto-sustentável, (re)aproveitaria as energias e os resíduos produzidos.
Uma unidade urbana no mar
Chamada Lilypad, a sua construção foi inspirada num nenúfar gigante descoberto na Amazónia por Thaddeaus Haenke, no início do século XIX. O botânico alemão baptizou-o de Vitória régia, em homenagem à rainha Vitória de Inglaterra.
Vincent ampliou a forma desta espécie natural duzentas e cinquenta vezes, projectando assim uma unidade urbana com capacidade para 50.000 pessoas. O seu objectivo passava por criar um sistema harmonioso entre homem e natureza, bem como explorar novos modos de vida, integrando o mar em espaços sociais e colectivos. Segundo o arquitecto, Lilypad proporcionará também a proximidade entre cidadãos, num eco polis que combina todas as infra-estruturas necessárias à sua sobrevivência.
A cidade do futuro?
Por ser flutuante e auto-suficiente, a cidade poderá estar em qualquer mar e até mesmo ser multiplicada. A sua estrutura centra-se num lago, a partir do qual estão organizadas as três grandes áreas: a zona de trabalho, a de lazer e a dos serviços. Cada uma delas terá uma marina e uma montanha artificial. Os barcos da marina serão a ligação entre Lilypad e o continente. Já as montanhas, uma paisagem saudosa da vida terrestre.
Um conjunto de vias unirá não só as montanhas, como dará acesso às habitações e jardins suspensos construídos igualmente na perspectiva “ondulante” da cidade. Vincent refere que Lilypad será fabricada com fibras de poliéster, cobertas por camadas de dióxido de titânio. Não emitirá gases poluentes e a energia necessária para consumo será produzida de maneira eco-sustentável: o lago central terá água doce recolhida das chuvas, e um reservatório natural com água potável; a energia será fornecida apenas pelas renováveis, como a das marés, eólica e solar. Para além disso, os resíduos e desperdícios dos habitantes seriam reciclados.
Para o arquitecto, “Lilypad é uma antecipação da literatura de Júlio Verne, mas também uma alternativa possível em perfeita simbiose com os ciclos da natureza.” Dentro de noventa anos, talvez esta cidade anfíbia seja o refúgio e a solução para uma resposta rápida às vítimas das alterações climáticas do globo.
Deia,
ResponderExcluirHá alguns dias vi uma reportagem sobre termos uma cidade flutuante e, pasmeee, mas já tem lugares usando essa ideia :)
Eu também já vi duas ideias semelhantes veiculadas na TV e em revista. Inclusive uma delas conta que cientistas estão construindo uma, onde eles residirão, que é para acabar com os problemas de autorização dos paises para determinados tipos de pesquisas. Assim, em alto mar, eles estariam livres de legislações inibidoras ao trabalho que eles pretendem realizar.
ResponderExcluirTô te seguindo!
éee, meninas... do que o homem não é capaz?
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